O conteúdo programático desta atividade fundamenta-se na prática de diferentes gêneros textuais, com ênfase nos quadrinhos, utilizando-se de ferramentas multimodais que incluem texto e imagem. A exploração de fatos em imagens como ponto de partida para a construção de narrativas desenvolve a capacidade analítica dos alunos e promove a compreensão de que os textos visuais e verbais se complementam. A iniciativa busca ainda inserir discussões sobre a produção e a revisão textual, alinhando-se às práticas exigidas no universo midiático. A partir dessas práticas, procura-se desenvolver o senso crítico dos alunos sobre o uso de diferentes ferramentas e linguagens para a comunicação eficaz e contextualizada. A atividade também valoriza a interação entre o texto escrito e as imagens, explorando a semiose visual como parte integral do processo comunicativo.

A metodologia proposta visa estimular a aprendizagem colaborativa e prática ao utilizar a Aula Invertida, onde os alunos são introduzidos ao conceito de jornal em quadrinhos através de pesquisas prévias, e a Aprendizagem Baseada em Projetos, que permite aos alunos desenvolverem suas criações a partir de imagens selecionadas. Ao promover o protagonismo dos estudantes, a proposta estimula a criatividade e a expressão pessoal dentro de um contexto coletivo. Durante a atividade, os alunos trabalham em grupos para discutir, organizar ideias, criar e revisar suas produções, sendo incentivados a explorar e aplicar os conceitos discutidos. Além disso, a metodologia ativa a autonomia dos alunos, que escolhem suas imagens e definem as narrativas, conferindo-lhes o controle sobre o aprendizado e desenvolvimento de habilidades críticas.

O cronograma da atividade foi planejado para ser concluído em um único encontro de 50 minutos, no qual todas as tarefas essenciais serão realizadas. A aula inicial, por meio do método de Sala de Aula Invertida, permite que os alunos cheguem preparados para iniciar o projeto diretamente, já tendo explorado exemplos e conceitos essenciais de jornais em quadrinhos em casa. A aula é estruturada para permitir uma execução prática intensa e participativa, onde os alunos devem selecionar imagens, discutir em grupos ideias criativas, esboçar e organizar suas histórias, e finalizar as legendas e o conteúdo textual. Este ciclo de criação prática em sala estimula a aplicação imediata do conhecimento adquirido, promovendo a integração das habilidades cognitivas e sociais de forma ágil e eficiente.

Para a atividade de criação do jornal em quadrinhos, serão utilizados diversos recursos e materiais que favorecem a execução prática e a integração colaborativa. Será necessário o uso de papéis A3 ou cartolinas para a montagem do jornal, lápis, canetas coloridas, réguas para desenhos e colagem, além de um acervo de fotos ilustrativas variadas, disponíveis de modo físico ou digital, dependendo das possibilidades da escola. Recomenda-se também a utilização, se disponível, de tecnologia como tablets ou computadores, para facilitar a edição de textos e imagens por meio de softwares livres ou aplicativos gratuitos disponíveis. Contudo, a simplicidade no uso de recursos deve ser priorizada para que todos os alunos consigam participar igualmente, independentemente dos recursos digitais. De maneira complementar, é essencial a colaboração em grupo e o apoio do professor na orientação dos temas e conteúdos.

Reconhecemos a dedicação dos professores em criar um ambiente inclusivo e acessível para todos os alunos, e é com essa empatia que propomos estratégias que não sobrecarregarão financeiramente ou em termos de tempo. Nesta atividade, embora não exista a necessidade de adaptações específicas devido à ausência de condições especiais entre os alunos, é importante priorizar práticas que garantam a plena participação de todos. O professor pode, por exemplo, promover a comunicação clara e aberta nas discussões em grupo para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, criando um ambiente de respeito e acolhimento das diversidades culturais e sociais da turma. Recomenda-se também adaptar a linguagem e o nível de complexidade dos exemplos utilizados de acordo com a compreensão da turma, garantindo equidade. Manter um diálogo aberto com os alunos sobre suas dificuldades e valorizar suas contribuições individuais pode criar um espaço seguro e encorajador para a expressão da criatividade.